Eu queria escrever ontem, mas não tinha nenhum dentista high tech e biocombustível não é bem a minha praia; escrevi um poema. Foi bom, tinha muito tempo que eu não escrevia poemas. Pretendo agora juntar todos que tenho escritos e selecionar os melhores num estudo das antas, woops, er.. Antologia.
A moldura da rotura do sistema que rotula,
Do quadrado mais que instaurado, mal acabado,
Transparente e invisível da voz anônima previsível,
Perfeitamente incabível no círculo social anormal,
Da massa de corpos sem rumo e sem nome,
E cem vezes ela ouve dizer que sim e que não,
E fazer o completo oposto à solução.
O sistema que rotula emoldura o belo impuro,
E esconde sua rotura na maldita rachadura,
Provocada pela sua chuva ávida, ácida e perversa,
Que perfura a ternura encobrindo a ditadura,
E esquecendo da beleza e da feiúra do ser: humano.
A rotura da moldura é um sistema que rotula,
O rótulo roto e quadrado é um sistema que emoldura sem Estado,
E a moldura que rotula não existe sem podre rotura,
Sem beleza e sem feiúra, sem sentido e sem ter cura.
Felipe Canêdo Figueiredo 04/05/2008
2 comentários:
Gostei!
Eu que vou organizar.
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