5 de mai. de 2008

A caminho da minha antologia poética...

Eu queria escrever ontem, mas não tinha nenhum dentista high tech e biocombustível não é bem a minha praia; escrevi um poema. Foi bom, tinha muito tempo que eu não escrevia poemas. Pretendo agora juntar todos que tenho escritos e selecionar os melhores num estudo das antas, woops, er.. Antologia.

Quadro Revoltado (nome provisório)


A moldura da rotura do sistema que rotula,

Do quadrado mais que instaurado, mal acabado,

Transparente e invisível da voz anônima previsível,

Perfeitamente incabível no círculo social anormal,

Da massa de corpos sem rumo e sem nome,

E cem vezes ela ouve dizer que sim e que não,

E fazer o completo oposto à solução.


O sistema que rotula emoldura o belo impuro,

E esconde sua rotura na maldita rachadura,

Provocada pela sua chuva ávida, ácida e perversa,

Que perfura a ternura encobrindo a ditadura,

E esquecendo da beleza e da feiúra do ser: humano.


A rotura da moldura é um sistema que rotula,

O rótulo roto e quadrado é um sistema que emoldura sem Estado,

E a moldura que rotula não existe sem podre rotura,

Sem beleza e sem feiúra, sem sentido e sem ter cura.


Felipe Canêdo Figueiredo 04/05/2008