1 de dez. de 2007

dentista high tech

escrevi esse texto semana passada e achei muito ruinzinho.. passei ele pro PC e mudei algumas coisas.. continuei achando ruim! resolvi postá-lo agora porque cismei.. Ele basicamente conta meu dia hahahahha
leiam se quiserem...

-> Quinta de madrugada; acabei de chegar em casa, levemente alcoolizado e encontro meu irmão assistindo ao filme: “Borat”!
Não precisa falar que sentei no sofá, já com meu caderninho e uma caneta e ri dez vezes mais que ele. O filme, na minha opinião, é genial. Ao mesmo tempo é bobo e contém humor-estado-unidense, mas utiliza-se disso para criticar a sociedade ocidental atual e principalmente os próprios estado-unidenses. Tudo de forma exageradamente descontraída.
Durante o filme, ao ver as confusões de Borat com a cultura e a tecnologia para ele desconhecidas, lembrei-me do dentista que fui pela manhã, junto da minha irmã mais nova. Primeiro, saí atrasado de casa. Até aí, nenhuma novidade! Depois, em cima da hora, não sabíamos o endereço e ela me disse: “É na rua Pacaembu”. Eu surpreso respondi: “Nunca ouvi falar!”.
Por sorte, ao perguntarmos a um taxista por essa rua, ele nos fez realizar que Pacaembu era na verdade Pernambuco e assim, chegamos lá apenas meia-hora atrasados.
Resultado: passamos o resto da manhã lá; eu ouvindo Led Zeppelin e Mando Diao nos meus phones e ela lendo revistas “Caras” e outras do gênero, que inclusive não tem muito o que ler.
Ela foi atendida primeiro, por minha sugestão (tenho medo de consultas com dentistas, médicos ou com gente que usa roupa branca). Quando chegou minha vez, fui em direção À CADEIRA, tentando camuflar minha “simpatia” por ocasiões do naipe. Deparei-me com o que eu chamaria de uma nova tendência na odontologia; tinham uns óculos, pretos, que possuíam telinhas nos fundos de suas lentes, a lá 007, fantásticos, e com fones de ouvido! Tudo isso para distrair o paciente enquanto ele sofre n’A CADEIRA. A mocinha ajudante me deu um cardápio com uma lista de DVD’s que eu poderia assistir enquanto alguém poria objetos metálicos dentro da minha boca e faria barulhos agonizantes raspando-os em meus pobres dentes.
Escolhi de cara um Pink Floyd, como minha irmã a tinha dito a moça que eu faria. Ao som de “Shine On You, Crazy Diamond” começou a minha consulta dentária. O meu desconforto era minimizado pela visão do mestre David Gilmour fazendo um solo lindo na guitarra! Agora, imagine você, assistino ao Tio David soltando aquele som melancólico na guita e, enquanto isso, a dentista com a mão inteira dentro da sua boca. Experimentei coisas novas naquele consultório...
Eu me sentia de alguma forma como se estivesse no filme “1984”, ou sendo “reabilitado” no clássico “Laranja Mecânica”. Para completar o cenário, quando a dentista descobriu uma afta na minha boca disse: “dói?”, doía sim, mas eu disse que pouco. Ela então resolveu aplicar um lazer lá, disse que iria parar de doer!!! Eu me senti no ano 2000 nessa hora..
A consulta futurística me rendeu além de algumas radiografias (odeio essa tal de medicina moderna), uma outra consulta pois estou com carie e gengivite, tenso não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoro seu jeito de escrever dando aos detalhes cotianos um tom quase poético!

ps.: Consultórios assim ainda não existem no interior!!

ps2: Vou reler o texto daqui alguns meses, após ter visto os dois filmes citados, ok? =)