16 de mar. de 2009

O paradigma do "bom dia"

Odeio quando as pessoas te corrigem o "bom dia".
A expressão "bom dia", na minha concepção, pode ser falada a qualquer hora do dia já que quando você a fala, você está desejando à alguém um bom dia. A pessoa deveria responder "obrigado" ou "obrigada", porque é uma gentileza você desejar que o dia dela seja bom.
Agora, se você fala "bom dia!" e um mela-cuéca vem e te corrige sutilmente: "boa tarde", ele não sabe que o seu desejo de ele ter um dia bom é muito melhor do que o dele de você ter apenas uma tarde boa, então sinta-se livre pra falar: "péssimo dia pra você seu bostinha!". Mas cuidado com a reação dele.
A dualidade da expressão: "bom dia" se resume em um sentido antigo; de desejar a uma pessoa que ela tenha um dia agradável, e um que a repetição e o mau uso dela a deu, que é: sentido nenhum! Não é um "oi", mas também não é um "bom dia" no sentido antigo, é só um "bla bla bla" de praxe, que expressa a nossa "educação" no sentido de adestramento, ou a perda da nossa animalidade e a pasteurização do nosso comportamento em sociedade. É quase como o tudo bem de "oi, tudo bem?", que também é um "bla bla bla" que quase ninguém responde sinceramente.
Melhor que dizer "bom dia", seria dizer "boa semana", ou "bom mês", ou "boa vida" . Ou "boa sorte"! Geralmente quando as pessoas dizem "bom dia", isso quando dizem para estranhos, é quando querem alguma coisa como serem atendidos num balcão ou algo do gênero.
Finalmente, do fundo do meu coração, um bom dia para vocês, e vão pela sombra!

2 comentários:

Lua(na) disse...

Eu sempre falo bom dia, a qualquer hora. E estou cercada por esse povo que me corrige a expressão e reprime meus desejos de felicidades ao longo dessa coisa curta, mas cheia, que é um dia terrestre.

Anônimo disse...

te entendo lipe, talvez a gente deveria dizer: boa manhã e assim tornar o bom dia em dia como um todo.
anyway, bomdiaflordodia